1. O que é a asma?
A asma caracteriza-se pela ocorrência repetida de tosse, aperto no peito, chiado e falta de ar principalmente durante a noite e esforço físico.
2. Como eu sei se tenho asma?
O diagnóstico é simples: se uma pessoa tem episódios repetidos de aperto no peito, tosse, chiado e falta de ar principalmente durante a noite, ela tem asma.
1. Sofre falta de ar muitas vezes durante a semana? 2. Essa falta de ar é acompanhada de chiado ou aperto no peito? 3. Tem tosse persistente e seca durante a noite ou ao acordar? 4. Já acordou no meio da noite com o peito apertado ou com falta de ar? 5. Esses sintomas pioram ou começam a aparecer ao praticar atividade física? 6. Fica mais cansado que os colegas ao praticar o mesmo exercício? 7. Esses sintomas aparecem quando você entra em contato com substâncias irritantes – como poeira, cigarro, mofo, perfumes – ou com mudanças bruscas de temperatura? 8. Suas gripes ou resfriados são mais demorados e com mais sintomas que os de seus amigos? 9. Alterações emocionais – como riso, choro ou tensão – costumam desencadear esses sintomas? 10. Quando sofre de falta de ar costuma usar algum medicamento para alívio?
Se alguém responder “sim” à maioria dessas perguntas, é provável que essa pessoa tenha asma.
3. Asma é diagnosticada no exame médico?
Nem sempre. O exame físico do paciente com asma, assim como a radiografia de tórax, pode ser completamente normal. Contudo, nem todo asmático chia e nem toda doença que chia é asma. A história clínica deve ser cuidadosa e, na suspeita de asma, o paciente deve fazer uma prova de função pulmonar.
A espirometria, exame simples qualitativo, realizado em consultório ou em laboratórios, é padrão para o diagnóstico da asma. Neste exame, com um assoprão, medem-se os fluxos e volumes pulmonares.
4. A asma é uma doença comum?
Sim. Os casos têm aumentado dramaticamente nos últimos 50 anos em todo o mundo.
Apesar de comum, muitos pacientes ou não sabem que têm asma ou não querem reconhecer que sofrem da doença. A negação da doença, além de dificultar o diagnóstico, piora o atendimento e a qualidade de vida do asmático.
5. A asma pode matar?
Sim. Apesar de baixa, a mortalidade por asma vem aumentando. A maioria dos óbitos acontece antes da chegada ao hospital, o que demonstra a falta de orientação no tratamento da doença e no procedimento em caso de crise.
6. A asma tem cura?
Não, por outro lado, os medicamentos são muito eficientes no controle da doença. A asma é uma doença crônica, como a pressão alta e o diabetes, e deve ser tratada diariamente.
7. Todos os asmáticos são iguais?
A apresentação da asma é bastante variada de um paciente para outro. No mesmo paciente, a doença pode ser bem controlada em alguns períodos, tendo sintomas mínimos ou ausentes, e em outros, com muitas crises. A asma quando não controlada é imprevisível. O tratamento adequado faz com que a doença fique o maior tempo possível nos períodos tranqüilos.
8. Como eu devo tratar a asma?
Tratar a asma significa o comprometimento do paciente com o tratamento aliada à prescrição do remédio mais adequado. O objetivo no tratamento é atingir a melhor qualidade de vida e a melhor função pulmonar possível, utilizando a menor dose de medicamentos e diminuindo a ocorrência de efeitos colaterais.
Outros objetivos do tratamento da asma são:
- garantir que o paciente realize todas as atividades normalmente tanto na escola como no trabalho (incluindo lazer e esportes); - manter a função pulmonar normal ou o mais próximo possível da normalidade; - controlar todos os sintomas respiratórios; - prevenir a limitação crônica ao fluxo de ar; - evitar a ocorrência de crises (internações e pronto-socorros); - reduzir o uso de medicações e seus efeitos colaterais; - prevenir a morte.
Existem múltiplas opções para tratar a asma. Cada paciente deve descobrir qual é o melhor medicamento e o melhor dispositivo. Não há ninguém melhor que o médico pessoal para orientação e aconselhamento do tratamento mais adequado. Atualmente, não existe asmático que não melhora. Existe asmático que não toma remédio (isto é, que não segue as orientações médicas).
9. Como proceder na crise de asma?
Quando a asma sai de controle, o paciente e sua família devem ir ao pronto-socorro imediatamente.
Sobre o paciente:
- definir claramente os sintomas e condutas que possui: “Sou asmático, uso regularmente tal remédio, mas há três dias estou com mais tosse, chiado e falta de ar. Já usei minha bombinha várias vezes esses dias e hoje já fiz três inalações...”; - estar acompanhado se estiver passando muito mal, pois o acompanhante pode fornecer informações importantes; - dizer ao médico, após as primeiras medidas, o grau de melhora dos sintomas. Se não houver melhora, conversar sobre uma possível internação; - agendar uma consulta (após visita ao pronto-socorro) com seu médico para reavaliar o tratamento de manutenção e as causas da crise.
Sobre o médico:
- tratar com atenção e paciência o asmático em crise; - ouvir as informações do paciente e de seus familiares; - não subestimar os sintomas nem as dicas dos pacientes; - evitar frases do tipo: “O médico sou eu e sei o que faço. Você está nervoso!”; - ouvir a opinião do paciente em relação à alta ou internação; - estimular o uso do pico de fluxo no seu serviço. Dar números à crise tornam as coisas mais fáceis; - aconselhar o paciente a retornar ao seu médico para revisar o tratamento ou iniciá-lo. |
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